Os sintomas de HIV , vírus sexualmente transmissível causador da AIDS, podem ser bastante silenciosos no início da doença. Dessa forma, o sexo seguro deve ser levado muito a sério e qualquer comportamento de risco deve ser acompanhado de perto.
Além de fazer os exames de triagem pelo menos uma vez por ano, é necessário ficar atento a qualquer sintoma de HIV que apareça após uma possível exposição ao vírus.
Sintomas do HIV
De maneira geral, os sintomas mais comuns são:
Febre
Mal-estar
Manchas vermelhas pelo corpo
Aumento dos linfonodos, ou ínguas
Dor de cabeça
Dor muscular
Erupção cutânea
Calafrio
Dor de garganta
Úlcera oral ou genital
Dor nas articulações
Sudorese noturna
Diarreia
Tosse
Confira os estágios da infecção por HIV e as particularidades de cada fase:
1º Fase - Infecção aguda
Após a transmissão do vírus, há um período de cerca de 10 dias, denominado de fase eclipseG, antes que o vírus seja detectável em exames de sangue.
Durante esse tempo, o vírus é disseminado primeiro para os linfonodos - que ficam próximos ao pescoço - em número suficiente para estabelecer e manter a produção de vírus nestes tecidos.
O HIV se replicando consegue então circular livremente pela corrente sanguínea, causando um pico de infecção viral por volta de três a seis semanas após a exposição.
Essa fase, chamada de infecção aguda, pode gerar uma resposta do sistema imunológico para combater a infecção, mas esta resposta já é tardia. Confira alguns sintomas que este período pode causar:
Febre
Mal-estar
Indisposição
Dor de cabeça
Dor nas juntas.
O infectologista Stefan Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz diz que estes são os sinais mais comuns. Esses sintomas de HIV ocorrem porque o corpo tenta combater o vírus como uma infecção qualquer.
Esse quadro não se complica e é autolimitado, ou seja, melhora sozinho", lembra o especialista. Quando os sintomas de HIV iniciais desaparecem, a pessoa pode passar anos sem dar qualquer sinal da doença.
2º Fase - Período assintomático
Essa fase é marcada pela forte interação das células de defesa com as constantes e rápidas mutações do vírus.
No entanto, isso não gera sintomas de HIV, uma vez que o organismo não fica debilitado o suficiente para ser infectado com novas doenças", explica o infectologista Celso. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
3º Fase - Sintomática inicial
Com o frequente ataque, as células de defesa tem seu funcionamento prejudicado e começam a ser destruídas. "Isso deixa o corpo cada vez mais vulnerável a doenças comuns, como gripe ou infecções", diz o infectologista Stefan.
Essa fase, chamada de sintomática inicial, é marcada pela redução da quantidade de linfócitos T CD4 no sangue. Essas são as células de defesa do organismo ativadas para combater qualquer infecção, seja por vírus ou bactérias.
Os linfócitos T do subtipo CD4 são alvo preferencial do vírus HIV, que as invade para se reproduzir dentro delas e acaba por matá-las.
Os linfócitos T CD4 podem ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue em pacientes com HIV, enquanto os valores de referência variam entre 800 a 1.200 unidades.
Quanto mais tempo a mulher passa sem o diagnóstico, maiores as chances de desenvolver sintomas", explica o infectologista Celso Granato, do Fleury Medicina e Saúde.
Segundo o infectologista Stefan, os sintomas de infecção por HIV se manifestam geralmente de dois a dez anos após a transmissão. "Quando a mulher desenvolve os sintomas é sinal de que o vírus se replicou durante todo esse tempo e os linfócitos T CD4 começaram a diminuir", afirma.
Este período é marcado por sintomas como:
Emagrecimento
Fraqueza
Anemia
Manchas na pele
Diarreia
Erupções e feridas na pele.
É geralmente nessa fase que o diagnóstico da doença é feito, já que a pessoa começa a buscar a causa dos sintomas que está apresentando.
O tratamento com antirretrovirais é iniciado, inibindo a multiplicação do HIV e aumentando o número de linfócitos, restaurando a imunidade.
4º Fase - Avançada
Se a doença não for tratada, o sistema imunológico fica tão comprometido que leva ao aparecimento das chamadas doenças oportunistas.
O infectologista Stefan Ujvari afirma que o organismo saudável consegue combater essas infecções sem problemas, mas no paciente com HIV elas se tornam doenças recorrentes e mais graves.
Esse estágio avançado da infecção que é conhecido como Aids. "Doenças como hepatites virais, pneumonia, toxoplasmose e tuberculose são comuns nessa fase", alerta Stefan.
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