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"Não é hora de encontrar culpados", afirma presidente da Amesne

Para José Carlos Breda a atitude do governo do estado foi recebida com muita surpresa por todos, mas ele entende que o RS está passando por um momento muito difícil.

01/12/2020 às 12h41 Atualizada em 06/12/2020 às 17h28
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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Divulgação
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As mudanças realizadas pelo governador Eduardo Leite no sistema de bandeiras e distanciamento controlado pegou todo mundo de surpresa nesta segunda-feira, 30 de novembro. O decreto, que vale a partir desta terça-feira, 1º de dezembro, não apenas manteve a classificação de bandeira vermelha para a região da Serra Gaúcha, como retirou a possibilidade de que as prefeituras fizessem protocolos próprios ao proibir o modelo de cogestão.

Em entrevista à Rádio Gaúcha Serra na manhã desta terça-feira, o presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), José Carlos Breda, afirmou que solicita aos prefeitos mais ações de conscientização à população. Breda, que também é prefeito de Cotiporã, entende que muitos setores relaxaram com as medidas de segurança, mas considera que estima melhora nos casos a partir de 15 de dezembro. "A decisão do governador nos pegou de surpresa, mas vejo como uma medida ponderada porque o estado como um todo está passando um momento difícil e todos precisam unir forças", resumiu o presidente.

Conforme o presidente da Amesne, houve piora no cenário de casos e internações nos últimos meses. "São várias questões. A eleição, não tem como negar isso. Tem um certo relaxamento da população como um todo, pensaram que não seria mais um problema (o coronavírus). Até setores como supermercados podem ter contribuído. Já vi alguns que não tem mais controle. Por isso houve a proliferação e, como consequência, maior número de internações", destacou.

Questionado sobre as administrações municipais e o próprio governo do estado não ter marcado mais presença quanto a orientações de prevenção, Breda entende que o momento não é para encontrar culpados. "Todos nós somos responsáveis e agora não tem como atribuir culpa a A, B ou C. Também existe o fator de estarmos chegando ao final dos mandatos municipais. A troca de gestões, secretários de saúde às vezes buscando outras ocupações, isso é sério e pode também ter contribuído", esclareceu o presidente.

Questionado sobre os próprios políticos terem protagonizado aglomerações, Breda respondeu: "Os políticos são acusados de dar mal exemplo, nós defendemos que não houvesse realização de eleição agora. Então fomos acusados de querermos legislar em causa própria. Quem acreditou que não teria movimento foi o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), está aí o resultado! Esses não são questionados", defendeu Breda. 

Conforme Breda, com campanhas de prevenção ao contágio, é possível que os casos e internações reduzam a partir da semana que se inicia no dia 14. "A expectativa é de que, se continuarmos a fazer o monitoramento, tenhamos uma redução significativa chegando a ocupação de leitos em 73%, 74% não na próxima semana, mas na seguinte", afirmou o presidente da Amesne.

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