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Manifesto contra o racismo será realizado neste sábado, 21, em Bento Gonçalves

Manifestação acontece a partir das 12h, na Via del Vino. O debate sobre o tema reacendeu após o brutal assassinato de João Alberto de Freitas no Carrefour, em Porto Alegre.

21/11/2020 às 11h53 Atualizada em 26/11/2020 às 12h05
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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O brutal assassinato de João Alberto Silveira Freitas, o Beto, de 40 anos, chocou o Brasil. Ele morreu espancado dentro do supermercado Carrefour, que ficava a 400 metros da sua casa, em Porto Alegre. Muitas manifestações em frente aos supermercados da rede em todo Brasil foram realizadas, como forma de protesto pelo homicídio sem sentidos ocorrido na noite da quinta-feira, 19. Em Bento Gonçalves, um grupo de pessoas realizará neste sábado, 21, a partir das 12h, um manifesto contra o racismo. O protesto acontece na Via del Vino.

A manifestação envolve representantes da cultura negra na Capital do Vinho e também pessoas da comunidade que ficaram revoltadas com o ataque brutal de seguranças a João Alberto dentro do supermercado, provocando sua morte na frente da esposa Milena Alves. O objetivo do protesto é alertar as pessoas que ainda pensam que o racismo não existe de que, ele não só está presente entre nós, como está ganhando proporções maiores, como os inúmeros casos de intolerância racial que estão sendo vistos nestes últimos meses.

No caso da morte de João Alberto Freitas, a repercussão nacional fez com que processos judiciais fossem acelerados. O Ministério Público agiu rapidamente e pediu a prisão preventiva do do segurança Magno Braz Borges, que possui carteira nacional de vigilante, e do policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, que não tinha registro para atuar como segurança, informou a Polícia Federal.  O juiz plantonista do Foro Central de Porto Alegre Cristiano Vilhalba Flores determinou a prisão dos dois acusados e destacou que pela análise do vídeo do momento em que o evento se desenrolou, pode-se constatar que, em que pese possa o fato ter se iniciado por ato da vítima, a ação dos flagrados extrapola ao que se pode conceituar como necessária para a contenção desta, pois passaram a praticar, contra ela, agressões quando já ao solo. "Embora não seja este o momento para a verificação da tipificação da conduta dos flagrados de uma forma definitiva, é necessária uma prévia e provisória análise das condutas para um juízo mínimo sobre a gravidade do fato a justificar a manutenção da segregação destes”, destacou o juiz em seu despacho.

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