Ele é uma releitura dos objetos que decoravam as casas nos anos de 1950, 60 e 70. Mais do que uma onda, o chamado retrô ou vintage tem se mostrado uma tendência forte que, com altos e baixos, não perde o lugar entre as principais decorações residenciais e até comerciais.
A explicação para o sucesso está relacionada mais ao comportamento das pessoas do que a uma nomenclatura dentro da decoração, explica a designer de interiores, Erika Karpuk. “Cada vez mais as pessoas sentem necessidade de restaurar objetos que tenham tido história, mesmo que estes não tenham pertencido a elas.”
Segundo a especialista, as peças do tipo “antigo” carregam em si detalhes importantes de uma época, mas não é só isso que é valorizado: eles têm uma relevância emocional, por vezes mais forte que a estética. “As pessoas querem de volta o aspecto sentimental envolvido com a decoração e isso é algo que dificilmente vai acabar”, diz Karpuk.
Velhos anos 2000
Apesar de ser uma homenagem ao vintage, o objeto retrô do século 21 precisa acompanhar a evolução tecnológica da época para não virar uma peça de cenário de teatro, explicam os profissionais da área. “É importante verificar o momento que vivemos e aproveitar o material moderno de agora para produzir os móveis, já que não conseguiremos voltar para trás”, aconselha Andréa Parreira, arquiteta residencial e de interiores. “Para não errar, você pode ter um ambiente totalmente contemporâneo e usar apenas uma ou outra peça antiga.” Mais do que incorporar um móvel com linhas geométricas, cores pastéis ou do tipo gastas, o retrô atual repagina o décor ao unir padrões clássicos a técnicas e tecidos inteligentes.
Como começar?
Para quem quer se aventurar na temática, especialistas indicam garimpar peças que tragam características do retrô mescladas a um visual mais contemporâneo. Podem ser móveis, papéis de parede ou porcelanas em cores pastéis – se preferir os anos de 1950 – ou tons mais vivos – com inspiração nos anos de 1970. “Para iniciar na tendência, você pode transformar um móvel que é mais antigo em retrô”, indica a arquiteta Andréa Parreira.
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