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LUTO: Morre Celestino Valenzuela, um dos ícones da narração esportiva no RS

Narrador ficou conhecido nacionalmente pelo bordão "Que lance!" e faleceu aos 92 anos na noite desta quinta-feira, 15,na Santa Casa, em Porto Alegre.

16/10/2020 às 10h23 Atualizada em 22/10/2020 às 13h18
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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A narração esportiva do Brasil amanheceu de luto nesta sexta-feira, 16. Conhecido pelo bordão "Que lance!", o narrador Celestino Valenzuela, uma das principais vozes do jornalismo esportivo do Rio Grande do Sul, morreu na noite desta quinta-feira, 15, aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital São Francisco da Santa Casa de Porto Alegre. 

De acordo com a família, Celestino sofreu um infarto em junho deste ano, no mesmo dia em que fazia aniversário. No hospital, teve outras complicações e não resistiu. A causa da morte foi natural. Seu corpo será velado nesta sexta-feira, 16, na Capela do Crematório Metropolitano de Porto Alegre, onde será cremado posteriormente.

Celestino Moreira Valenzuela, um dos mais famosos narradores de futebol do Rio Grande do Sul, nasceu na cidade de Alegrete, em 9 de junho de 1928. Foi um casal de gêmeos: Alice e Celestino. Ela morreu seis meses depois. O curioso é que Celestino só foi conhecer sua terra natal muitos anos depois. Saiu de lá no colo de sua mãe. Visitou Alegrete quando o Jornal do Almoço da TV Gaúcha era apresentado no interior.

Ficou famoso nas décadas de 1970 e 1980, quando trabalhou na RBS TV e lançou o bordão “Que Lance”, que nasceu por acaso, durante a narração de uma partida do Campeonato Gaúcho entre Grêmio e Brasil de Pelotas. Um atacante gremista deu um chute e a bola raspou a trave antes de ir para fora. Celestino gostou da jogada e disse “Que Lance”. Depois do jogo foi chamado na sala de seu chefe, Clóvis Prates. Chegou a pensar que seria mandado embora. Que nada. Prates o aconselhou a usar o bordão sempre, para que virasse sua marca registrada. E não deu outra. Curioso, é que o bordão não era utilizando quando da marcação de gols. Ai Celestino dizia: “Balançou a rede”. 

A dupla Gre-Nal foi de extrema importância para a carreira do comunicador, que narrou os títulos do Grêmio no Brasileirão de 1981, da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, em 1983, além dos três títulos do Internacional nos brasileiros de 1975, 1976 e 1979. Além destes, virou personalidade muito conhecida no Rio Grande do Sul, tornando-se a voz oficial do Gauchão, até se aposentar em 1989 e ser substituído pelo narrador Paulo Brito.

Em 2012, na última rodada do Campeonato Brasileiro, narrou por alguns instantes o Gre-Nal, transmitido pelo canal SporTV, evento que marcou a despedida do Estádio Olímpico. Celestino Valenzuela esteve na 60ª Feira do Livro, de Porto Alegre, na tarde chuvosa de 2 de novembro de 2014, quando fez o lançamento do livro “Que Lance!”, de autoria das jornalistas Eduarda Streb e Rafaela Meditsch. A obra relata em 148 páginas a história de vida daquele que é considerado um dos maiores narradores de futebol no Rio Grande do Sul.

Celestino Valenzuela - Que fim levou? - Terceiro Tempo

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