O atleta revelado pelo Farrapos Rugby Clube Guilherme Coghetto, que já teve passagens pela Seleção Brasileira de Rugby, ganhou uma oportunidade para atuar na Irlanda, país que é tradicional na modalidade no continente europeu. O farroupilhense está jogando no Sligo Rugby Club, da cidade de Sligo, cidade de cerca de 20 mil habitantes – a segunda maior da província de Connacht – situada na costa oeste do país. Além de reforçar a equipe, Coghetto será um dos treinadores das categorias inferiores do clube.
Coghetto iniciou sua carreira no rugby no Farrapos, onde trilhou praticamente toda sua trajetória na modalidade, com uma pequena passagem pelo Desterro. No clube alviverde, desempenhava a função de jogador, sendo titular da equipe principal, e de treinador do time juvenil, ao lado de Eduardo Manosso, o Duda. Com o convite do clube irlandês, Coghetto terá a sua segunda experiência fora do país. Além dele, juntou-se à equipe Pedro Bengalo, ex-Poli-SP.
Apesar de não ser o primeiro esporte da cidade, uma vez que o futebol gaélico ainda é a maior atração na região, a cidade e o clube possuem significativa tradição no rugby. “É uma cidade muito parecida com Bento Gonçalves, na qual toda comunidade tem bastante envolvimento com o rugby. O rugby não é o primeiro esporte aqui, é o futebol gaélico, mas a comunidade do clube é muito forte e o clube tem influência em toda cidade”, explica.
Após breve passagem pelo rugby australiano, Coghetto quer mais uma vez aproveitar a oportunidade fora do Brasil para adquirir experiência, não só como atleta, mas também como treinador. “Meu objetivo é aprender com o rugby daqui e desenvolver como treinador no futuro. Já estou trabalhando com o time M18 como treinador dos Backs, sendo treinador assistente, e também, provavelmente vou trabalhar como treinador dos Backs da equipe de rugby de uma das escolas daqui da cidade”, comenta.
A temporada começou no final de setembro e se estenderá até o mês de abril. A equipe do Sligo fez a estreia no último final de semana diante de uma equipe de divisão superior. Na Sênior, o time de Guilherme Coghetto derrotou pela primeira vez na história o Buccaneers, fora de casa, pelo placar de 33 a 14.
Apesar do pouco tempo na Irlanda, Coghetto já observa características e distinções do rugby irlandês em relação ao rugby brasileiro. “Eles conhecem o jogo, pois a maioria começou a jogar desde muito cedo. No jogo tem rucks muito rápidos, com muitas fases, as equipes gostam de jogar bastante com a posse da bola, o chute não é tanto usado quanto é utilizado no Brasil”, relata.
Coghetto deverá permanecer no rugby irlandês, no mínimo, até o mês de abril, período no qual almeja aproveitar a experiência para evoluir e, no futuro, aplicar e desenvolver o conhecimento adquirido em um possível retorno para o clube alviverde de Bento Gonçalves. “A Irlanda é bastante tradicional no rugby, tem suas raízes, tem muitos praticantes. A minha expectativa de jogar aqui é aproveitar bastante o jogo, aprender sobre uma nova escola de rugby, poder jogar um estilo diferente de rugby e aproveitar ao máximo a cultura do rugby irlandês”, pondera.
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