Agentes da Polícia Civil desbarataram na manhã desta quinta-feira, 27, uma quadrilha que realizava roubo de cargas na Região da Serra Gaúcha. O esquema era comandado por um detento de dentro do presídio. A Operação Pilhagem foi realizada pelos policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com o auxílio de agentes da DRACO de Caxias do Sul.
A Polícia Civil descobriu o esquema, comandado por um preso, e deflagrou a Operação Pilhagem nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 27, para prender os suspeitos de integrar o grupo. Os mandados judiciais, sendo cinco de prisão temporária, foram cumpridos nas cidades de Caxias do Sul e Farroupilha, na Serra, em Feliz, no Vale do Caí, e Canoas, na Região Metropolitana. Até 8h, quatro criminosos haviam sido presos.
Tudo começou no dia 5 de março, quando um detento do Presídio Regional de Caxias do Sul entrou em contato com um distribuidor de ração animal do município para simular a compra de um carregamento do produto. No local e no dia combinados, um motorista de caminhão foi assaltado ao realizar a entrega da mercadoria. Segundo a polícia, o grupo agiu de forma violenta e fez várias ameaças ao transportador. A ração foi retirada do veículo e a vítima, liberada. Depois disso, os ladrões revenderam parte do produto para receptadores já pré-agendados. O delegado Alexandre Fleck, da Delegacia de Roubo de Cargas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), responsável pela operação realizada nesta quinta-feira, diz que passou a investigar o caso e que três suspeitos foram detidos logo após o roubo, além de ter sido recuperada parte da ração animal.
Com a investigação em andamento desde março, Fleck conseguiu identificar os suspeitos, solicitando à Justiça os mandados de prisão. Além disso, descobriu que o grupo também praticou crime de estelionato ao fazer compras de máquinas na Serra com supostos cheques roubados. A polícia investiga vários outros roubos que teriam sido realizados pelo grupo e também os receptadores das cargas. Por enquanto, Fleck não pode dar mais detalhes dos outros casos averiguados para não prejudicar o andamento do trabalho, mas acredita que muitas vítimas possam procurar o Deic após a operação desta manhã.
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