No dia 25 de agosto é tradicionalmente comemorado em todo o Brasil o Dia do Soldado. A data comemora o trabalho de destaque realizado pelos militares do Exército Brasileiro. Além dos grandes heróis de guerra, como Duque de Caxias, o Brasil teve uma mulher como primeira soldado combatente no ano de sua independência. Apesar do feito, ela só foi reconhecida como heroína a partir de 1996.
Em 1923, no dia 25 de agosto, passou a ser comemorado o Dia do Soldado em homenagem ao Marechal Luís Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias, e que se tornou o patrono do Exército Brasileiro. De acordo com a hierarquia da carreira militar, soldado é o posto inicial, sendo seguido de cabo, sargento, subtenente, tenente, capitão, major, tenente-coronel, coronel e, por fim, general. No Brasil, para ingressar na carreira de forma profissional é necessário fazer concurso público.
Para se tornar um soldado é necessário ter disciplina, coragem e muita dedicação. Em território brasileiro, o serviço militar é obrigatório desde 1908. Todo homem com 18 anos de idade deve se alistar no Exército Brasileiro, na Marinha ou Aeronáutica, que pertencem ao Ministério de Defesa do Brasil. Embora não seja obrigatório para as mulheres, elas também podem seguir carreira militar.
Maria Quitéria de Jesus, a primeira mulher soldado
Maria Quitéria de Jesus (1792-1853) foi a primeira militar mulher que lutou bravamente na Guerra de Independência do país. Ela foi uma combatente baiana da Guerra da Independência do Brasil. Desde 1996, é a patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro e, desde 2018, integra o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
Sua história de soldado começa em 1821, quando fugiu da fazenda em que morava com a família e, sob a identidade masculina, alistou-se no Batalhão de Voluntários do Príncipe, também conhecido como Batalhão dos Periquitos, que estava estacionado na Vila de Cachoeira. Atuou no regimento de artilharia e foi alçada a 1ª cadete pelo general Pedro Labatut. Após a guerra, foi condecorada com a Imperial Ordem do Cruzeiro pelo imperador Dom Pedro I do Brasil, que também lhe concedeu um soldo vitalício de alferes.
Maria Quitéria é reconhecida por ser a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar das Forças Armadas Brasileiras, apesar de ter havido outras combatentes nas mesmas trincheiras. Em 26 de julho de 2018, por meio da lei federal 13.697, teve seu nome incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, junto a Sóror Joana Angélica, Maria Felipa de Oliveira e João das Botas (João Francisco de Oliveira), figuras da Guerra da Independência do Brasil na Bahia.
Quem foi Duque de Caxias, patrono do Exército
Duque de Caxias (1803-1880) nasceu no dia 25 de agosto de 1803 e lutou em várias guerras e combates dentro do território nacional e no exterior. Filho de uma família aristocrática de origem portuguesa, seu pai era militar, portanto, desde pequeno sua educação foi de cunho militar. Com apenas 5 anos de idade ele foi cadete, um tipo de oficial do exército ainda em formação.
Com 15 anos ingressou para a Academia Militar. Mais tarde, foi oficial do exército imperial e recebeu o título de Barão de Caxias, em 1841. Além disso, foi nomeado Conde, em 1845, e Marquês, em 1852. Além de militar, Duque de Caxias foi político, sendo senador do Império pelo Rio Grande do Sul. Durante o governo de Dom Pedro II, ele foi nomeado Comandante do Exército e eleito Ministro de Guerra três vezes.
Caxias participou da Guerra do Paraguai, Revolta da Balaiada e Revolta dos Farrapos. Por esse motivo, ficou conhecido como “o pacificador”. Após a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, ele conquistou o título de Duque, em 1869. Duque de Caxias faleceu em 7 de maio de 1880 no Rio de Janeiro.