A pandemia do coronavírus tem despertado o lado solidário em muitas pessoas. O voluntariado é uma destas ações. E um dos inúmeros exemplos vem da família Sebben. Gerson (55 anos), Janete (50) e Julia (17) – pai, mãe e filha – encontraram no ato de auxiliar o próximo uma das mais recompensadoras formas de exercer o papel social na comunidade ao qual estão inseridos. Essa dedicação às causas beneméritas compactuou, também, com a atuação de uma das mais importantes ONGs solidárias de Bento Gonçalves. Ao lado da Parceiros Voluntários, braço social do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), a família buscou o apoio que faltava para destinar tempo e esforço em prol de quem realmente necessita de ajuda.
Foi assim que surgiu a ideia de se voluntariar – Janete foi a precursora dessa parceria, que completa um ano neste mês de agosto. “Eu me perguntava de que forma era possível colaborar, pois sentia a necessidade de ajudar, porém sem saber como. Então, iniciei voluntariando em um grupo de escoteiros e, com o tempo, fui me aproximando da Parceiros. A partir de então, as coisas foram acontecendo naturalmente”, comenta.
Essa disposição em voluntariar acabou contagiando os demais membros da família. Em meio à pandemia, o ensejo de querer ajudar foi transformado em ações práticas. Pai e filha decidiram seguir o exemplo da figura materna e se credenciaram junto à instituição há cerca de três meses. “Acabamos nos tornando, uns para os outros, a motivação necessária para exercer um trabalho de suma importância e, assim, nos aproximamos em um momento no qual as pessoas estão mais distantes”, considera Gerson.
Inspirada pelos pais, Julia dedica algumas horas semanais para o voluntariado – atuando ao lado deles, entre outras causas, na permanente campanha da Ação Social São Roque, contribuindo na triagem e separação de donativos para pessoas carentes. “Saber que uma simples atitude pode fazer grande diferença na vida de alguém é a minha maior motivação em voluntariar”, conta.
Juntos, eles anotam na agenda os dias e horários reservados para as ações solidárias – compromisso levado a sério por todos. “Você sempre terá algo para contribuir, independente da forma. Peça para o seu coração: ‘o que eu posso fazer para ajudar as pessoas?’, e ele lhe despertará um caminho”, reforça Janete.
Atuação se estende também para empresas
Se o ato voluntário individual já contribui na comunidade, o engajamento colaborativo possui uma força ainda maior nessa rede solidária. Essa constatação fica evidente a partir da atuação da SB Churrasqueiras. A empresa, sediada em Bento Gonçalves e fundada em 2010, resolveu fazer a diferença na realidade social local: conveniando-se à Parceiros Voluntários no início da pandemia, a marca decidiu destinar 1% das vendas para a arrecadação de donativos encampada pela ONG. “Mesmo com margens apertadas, pensamos que esse 1% não iria prejudicar as finanças da empresa, mas sim ser útil para ajudar muitas pessoas”, descreve o proprietário da SB, Anderson Somenzi.
Ele conta que um dos propósitos da empresa sempre foi encontrar formas de contribuir para uma realidade melhor. “Precisamos fazer nossa parte e deixar nosso legado para um mundo melhor – sem ficar esperando por quem tem condições, por governos, por instituições, pelas pessoas com poder. Cada um pode doar um pouco do que tem. Isso sempre me inspirou desde o início da minha vida profissional, muito antes de ser empresário. Nossa ideia com o gesto do voluntariado, inclusive, é poder inspirar outras empresas”, relata.
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