O Dia do Folclore é celebrado internacionalmente (inclusive no Brasil) no dia 22 de agosto. Isso porque nessa mesma data, no ano de 1846, a palavra “folklore” (em inglês) foi inventada. O autor do termo foi o escritor inglês William John Thoms, que fez a junção de “folk” (povo, popular) com “lore” (cultura, saber) para definir os fenômenos culturais típicos das culturas populares tradicionais de cada nação. O significado da palavra, segundo seu criador, era “saber tradicional de um povo”.
Sabemos que o folclore, ou cultura popular, tem despertado grande interesse de pesquisadores de todo o mundo desde o século XIX. É fundamental para um país conhecer as raízes de suas tradições populares e analisá-las, assim como as de caráter erudito. Os grandes folcloristas encarregam-se de registrar contos, lendas, anedotas, músicas, danças, vestuários, comidas típicas e tudo o mais que define a cultura popular.
No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado em 17 de agosto de 1965 por meio do Decreto nº 56.747, assinado pelo então presidente militar Humberto de Alencar Castello Branco e por seu Ministro da Educação, Flávio Suplicy de Lacerda. No texto do decreto, há referência direta a William John Thoms e ao seu pioneirismo na pesquisa das culturas populares. O Dia do Folclore foi criado, portanto, com o objetivo de garantir a preservação do acervo que forma o folclore brasileiro e também de incentivar os estudos na área. Atualmente, o folclore brasileiro é um importante objeto de estudo nas ciências humanas, e sua importância é reforçada frequentemente nas escolas, sobretudo naquelas que trabalham com ensino infantil.
No Dia do Folclore, costuma-se relembrar os elementos mais importante da cultura popular brasileira, tais como as danças, os ritmos, as festas e os personagens do nosso folclore. Nas danças e ritmos, podem ser citados o frevo, o maracatu, o baião, o forró, a catira etc. Nas festas, costuma-se lembrar a Festa Junina, talvez a principal festa popular do Brasil. Entre os personagens, estão inseridas as lendas tradicionais de nosso país. As principais lendas são a do saci e do curupira, mas outros personagens importantes do nosso folclore são: a Iara, o boto cor-de-rosa, a mula sem cabeça, o boitatá, o negrinho do pastoreio, entre outros.
Em Bento Gonçalves, há várias culturas miscigenadas, apesar da Cultura Italiana ser a predominante. A cultura negra e polonesa, por exemplo, tem espaço considerável no município e em diversos bairros da cidade. Porém, na Cultura Italiana, a festa maior de Bento Gonçalves, a Fenavinho, é a grande representante das raízes da cidade. E dentro da principal festividade da Capital do Vinho, o personagem mais folclórico é o Tastavin. Homenageado de diversas formas ao longo dos anos, o nome Tastavin foi criado por Marciano Menegotto (vencedor do concurso municipal em 1991), na época morador do distrito de Tuiuty e estudante do Colégio Estadual de 1º Grau Angelo Salton, de Tuiuty. Tastavin foi inspirado na expressão “Nino, demo testare il vin” (Vamos provar o vinho).
O personagem Tastavin (bonachão e, claro, provador de vinho, tem sido uma das estrelas da retomada da Festa Nacional do Vinho) foi criado pelo cartunista gaúcho Otto Guerra e surgiu por iniciativa da então diretoria da 7ª edição da Fenavinho. Além do boneco, que é personagem recorrente na Fenavinho, o comunicador Roque Alberto imortalizou a imagem do personagem do Deus Baco, conhecido como o Deus do Vinho, uma figura boêmia e festiva que se tornou o símbolo do hedonismo. Ele pode ser visto durante as festas da La Bella Vendemmia, organizadas pelo Hotel Villa Michellon.
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