O Governo do Estado prepara uma proposta que será apresentada aos municípios para a volta às aulas, principalmente para as Escolas da Educação Infantil, que estão agonizando em todas as cidades gaúchas. O planejamento será apresentado à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) na semana que vem. A afirmação foi feita pelo secretário estadual de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, em entrevista ao Gaúcha Hoje da rádio Gaúcha Serra na manhã desta quarta-feira, 5 de agosto.
Segundo o secretário, a proposta deve avaliar principalmente o retorno da Educação Infantil, já que a oferta desta etapa de ensino é uma obrigação dos municípios para estudantes de 4 e 5 anos. "Não adianta só o Estado decidir numa canetada que abrirá tal dia, tem que conversar com os municípios e escolas particulares, que são os responsáveis por essa parte da educação no nosso Estado. Mas, sim, nós já temos um planejamento para a abertura da Educação Infantil", resumiu o secretário.
O secretário defendeu a flexibilização de medidas do modelo de distanciamento social para o retorno de atividades econômicas. Na terça-feira, 4 de agosto, o Estado divulgou que cidades na bandeira vermelha poderão ficar com comércio aberto de quarta a sábado, entre 10h e 16h. Já os restaurantes poderão funcionar de segunda a sábado, no mesmo horário, com 50% de trabalhadores e 25% de lotação. Conforme Meirelles, as mudanças são demandas da sociedade, empresários e dos municípios.
Mortes devem diminuir, segundo secretário
Na entrevista, o secretário garantiu que a mudança considerou aspectos técnicos, já que a média da Serra no sistema de distanciamento ficou próxima do limiar entre as duas bandeiras. Meirelles projetou que as mortes vão começar a cair inclusive nas regiões mais populosas do Estado nas próximas duas semanas. "Várias regiões já demonstram queda no número de internações, de hospitalizações e óbitos. Obviamente, em centros mais populosos, como a Região Metropolitana de Porto Alegre e a Serra, que são duas regiões que têm as maiores populações do Estado, ainda não começou essa queda, e sim um platô. Mas quando a gente se referia a óbitos, como está estabilizado e há uma tendência de queda, a gente acredita que em duas semanas esses óbitos também começarão a cair", afirmou, ao salientar que os cálculos são feitos por um grupo de estatísticos.
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