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DESABAFO: "O distanciamento controlado se tornou uma medida descabida"

Para o presidente do CIC-BG, Rogério Capoani, as ações do Governo do Estado servem apenas para agregar prejuízo aos setores produtivos e prolongar o início da tão aguardada e necessária retomada econômica.

02/08/2020 às 13h08 Atualizada em 11/08/2020 às 13h03
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Exata Comunicação/Divulgação
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Gilmar Gomes/Divulgação
Gilmar Gomes/Divulgação

O modelo de distanciamento controlado praticado pelo Governo do Estado já se mostrou ineficiente e não é mais seguido pela população que, literalmente, desistiu de ficar em casa. Com isso, o governador Eduardo Leite vem perdendo o apoio das entidades empresariais e também dos prefeitos, que não conseguem mais segurar os estabelecimentos fechados. A ordem agora, é buscar um meio termo para que a retomada aconteça de forma segura, mas não seja interrompida. O Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) é uma das entidades que defenda a mudança radical nos procedimentos que estão sendo adotados.

Crítico contundente do atual modelo de distanciamento controlado imposto pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul – por considerá-lo inconsistente na metodologia e desconexo da realidade de cada macrorregião, o CIC-BG manifestou apoio incondicional ao Decreto Municipal nº 10.613, assinado do dia 31 de julho de 2020 pelo prefeito Guilherme Pasin. O documento dispõe sobre a aplicação dos protocolos de cogestão com o Governo do Estado no modelo de distanciamento controlado – o que, na prática, confere às macrorregiões autonomia de flexibilizar algumas restrições, criando um cenário intermediário entre as bandeiras vermelha e laranja. A proposição visa a equilibrar de forma mais coerente as necessidades de manter os cuidados preventivos e combate ao novo coronavírus com a retomada e manutenção das atividades econômicas.

“O compartilhamento na gestão dos protocolos é essencial para evitarmos o caos social, consequência direta do recorrente impedimento do exercício das atividades especialmente nos setores do comércio, da prestação de serviços e do turismo, que tem implicado em perdas irreparáveis a esses segmentos. Por isso, manifestamos de forma veemente o apoio a esse decreto”, avalia o presidente do CIC-BG, Rogério Capoani.

Há mais de 60 dias envolvido em articulações e engrossando o coro de entidades da macrorregião da Serra que pressionam o Governo do Estado pela flexibilização na gestão local dos protocolos, o CIC-BG aguarda com brevidade a publicação de um decreto estadual legitimando o direito das macrorregiões regerem suas restrições. O Governador Eduardo Leite assumiu o compromisso público de conceder aos executivos locais essa autonomia – motivo pelo qual os 36 municípios integrantes da AMESNE publicaram na data de hoje decretos sobre a aplicação dos protocolos de cogestão com o Governo do Estado no modelo de distanciamento controlado.

“O momento é de priorizar o bom senso, particularizando a adoção das medidas restritivas conforme a realidade da macrorregião. Em Bento Gonçalves, por exemplo, o cenário da pandemia vem melhorando de forma visível e inquestionável, circunstâncias que tornam descabida a adoção de medidas restritivas de rigidez excessiva, que servem apenas para agregar prejuízo aos setores produtivos e prolongar o início da tão aguardada e necessária retomada econômica”, diz Capoani.

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