A nova rotina das crianças em isolamento social, com horários mais desorganizados, falta de lazer ao ar livre e aprendizagem remota, desperta, em muitas, o que os especialistas chamam de estresse tóxico, que se caracteriza pelo aumento da ansiedade, estresse e alterações no sono, por exemplo.
Para amenizar essas consequências negativas à qualidade de vida, a cardiologista infantil e médica do exercício e esporte Silvana Vertematti, aconselha a introdução da atividade física no dia a dia. “Os exercícios, mesmo que em casa, são essenciais para controlar essa situação de estresse na qual as crianças se encontram. A prática deve ser realizada em intensidade regular a moderada de 30 a 60 minutos por dia”, atenta.
A dica é que os exercícios se encaixem no cenário lúdico e sejam feitos por meio de brincadeiras como pular corda, amarelinha ou praticar bambolê. Silvana Vertematti lembra que as modalidades estimulam o fortalecimento de músculos e ossos, além do desenvolvimento motor e de habilidades como equilíbrio e coordenação.
Segundo a médica, é importante ainda promover outras transformações na rotina desorganizada do isolamento social. “Além da atividade física, é preciso que as crianças tenham horários definidos para as tarefas, uma alimentação saudável e tempo curto de uso de telas como celular e tablet, que interferem no sono e relações familiares”, explica.
A organização do cotidiano durante o isolamento tem impactos também no futuro quando se vislumbra a volta às aulas, lembra a médica. “É preciso que a criança esteja bem para a volta à escola, tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Por isso, aconselhamos estabelecer essas mudanças no dia a dia, mesmo que após mais de três meses de isolamento”, finaliza.
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