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Sociedade Brasileira de Mastologia alerta para medidas preventivas contra o câncer

Presidente Rogério Grossmann afirma que medidas sócio-educativas com dieta balanceada associada a um cuidado alimentar que visa o controle de peso sem variações e ou aumento tem como objetivo diminuir o número de novos casos.

15/12/2018 às 21h01
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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O câncer de mama é responsável por um número estimado de cerca de um terço das mortes em mulheres com idade entre 35-55 anos. Mulheres com idade superior a 50 anos são mais frequentemente acometidas, lembrando que esta doença pode ocorrer em menor frequência em mulheres jovens.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Entre 2009 e 2014, o número de casos da doença no país aumentou 13,4%, número que representa uma taxa de aumento de mais ou menos 2% ao ano. Ao todo, são 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil a cada ano. O Rio Grande do Sul é o segundo Estado com maior média de incidência, atrás apenas do Rio de Janeiro.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional RS (SBM/RS), Dr. Rogério Grossmann características diversas como os sinais e sintomas em conformidade a fatores múltiplos estão associados a esta neoplasia maligna. “Em geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama”, explica Dr. Grossmann.

Entre os fatores de risco estão idade, histórico familiar, alterações  endocrinológicas, aumento de peso e  fatores genéticos, alterações histológicas da mama e  uso de hormônios. Mulheres com câncer de mama, ovário e irradiação do tórax  apresentam risco maior de doença maligna na mama. Parentes de primeiro grau têm o risco aumentado. Este risco se eleva ainda mais se tiver mais de um parente com câncer de mama  em idade inferior a 45 anos.

Entre os fatores endocrinológicos, estão os antecedentes de longos períodos menstruais antes dos 12 anos ou que tiveram menopausa após os 55 anos, não ter engravidado ou ter engravidado tardiamente. Mulheres que engravidaram pela primeira vez após os 35 anos. 

Dr. Grossmann salienta que medidas preventivas através de exames de imagem visam o diagnóstico precoce do câncer e as condutas sócio-educativas têm como objetivo a diminuição dos novos casos.

“O diagnóstico precoce visa à identificação da doença em sua fase inicial. Programas de rastreamento do câncer de mama têm como objetivo detectar tumores pequenos, quando ainda não há doença em locais distantes da mama”, diz o presidente da SBM.

A detecção do câncer de mama em suas fases iniciais tem significado importante na redução da mortalidade e no aumento da expectativa de vida. “Hoje contamos com um arsenal sofisticado na detecção precoce com uma mamografia alta resolução associada a outros métodos como ultrassonografia mamária, ressonância magnética, cintilografia mamária”, destaca Dr. Grossmann.

A mamografia constitui o principal exame de rastreamento para o câncer de mama, alta sensibilidade e especificidade acima de 80%.  Este método de imagem permite a redução na mortalidade em cerca de 30% entre as mulheres de 40 a 74 anos. 

Conforme o presidente da SBM ainda não existem maneiras de prevenir completamente o câncer de mama. Mas o que faz muita diferença na sobrevivência e na redução da morbidade contra a doença é a detecção precoce, pelos métodos de imagem e medidas sociais.

“As medidas sócio-educativas com dieta balanceada associada a um cuidado  alimentar que visa o controle de  peso sem variações e ou  aumento tem como objetivo diminuir o número de novos casos”, explica. O tratamento para câncer de mama tem tomado um direcionamento mais individual, avaliando a doença do paciente em seu estádio, características do tumor e a sua biologia tumoral. 

A cirurgia pode incluir setorectomia (quadrantectomia) que utiliza a técnica da preservação de parte de tecido mamário e a mastectomia que é a retirada total da mama com a preservação ou não da musculatura. “Lembrado que hoje contamos com a possibilidade de preservação dos linfonodos axilares com a técnica do linfonodo sentinela. Presente no roll de tratamentos complementares estão quimioterapia, hormonioterpia, radioterapia e terapêuticas monoclonais que possibilitam a redução significativa de mortalidade desta doença”, finaliza o presidente da SBM/RS Dr. Rogério Grossmann.


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