No 13º encontro do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico, o presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), Rogério Capoani, disse que o Governo do Estado precisa rever seu modelo de Distanciamento Controlado.
A fala foi direcionada à coordenadora do Comitê de Dados do governo, a ex-secretária de Planejamento Leany Lemos, convidada para o encontro promovido pela Assembleia Legislativa, no último dia 7. Para Capoani, os setores produtivos não podem ter suas atividades interrompidas com a bandeira vermelha e defendeu a busca por um equilíbrio das ações para manter ativa a economia. “Não sei como será a retomada no ano que vem da nossa economia, visto o estrago já verificado até agora. O Estado precisa fazer a atividade econômica andar, e é por isso que reforço o apelo”, ressalta o dirigente.
Leany destac que o Distanciamento Controlado considera as diferenças regionais para a definição das medidas restritivas, classificando de forma distinta quem está nas áreas com bandeira vermelha ou amarela, por exemplo, ou até em municípios que não registraram nenhum caso de coronavírus. Neste momento de incerteza, ela afirmou que a principal preocupação do governo é com a saúde, mas que também estão sendo observado os efeitos da recessão na vida das pessoas. “Desemprego e fechamento de empresas já estão sendo vistos. Nestes momentos de grandes crises, não há um lado ou dois. Temos que caminhar juntos para construir soluções, colocando desafios para nós individualmente e coletivamente”, aponta, reforçando que será preciso haver uma grande aliança com a sociedade para sair da crise.
O presidente da AL, deputado Ernani Polo, disse que esta é uma crise que afeta do grande ao microempresário e que é preciso equilíbrio para seguir adiante, além de reiterar a necessidade de conscientização e de prevenção à saúde a partir dos protocolos. “Mais do que nunca, o equilíbrio é necessário para enfrentarmos esta pandemia com todo o cuidado que ela exige, mantendo o bom senso, será possível proteger vidas e também minimizar os impactos sociais e econômicos”, disse.
Também presente na reunião virtual, a presidente da Federasul, Simone Leite, sugeriu que as medidas preventivas de saúde sejam mais bem sintonizadas com os demais setores. “A sistemática das bandeiras precisa ser gatilho para mais investimentos do poder público. Da forma como está colocada até o momento, acaba punindo, de forma injusta, a questão social e econômica do Estado como um todo”, afirmou.
Além de lideranças empresariais, participaram ainda a deputada Zilá Breintenbach (PSDB) e os deputados Sérgio Turra (PP), Luis Augusto Lara (PTB) e Fábio Branco (MDB).
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