Um crime brutal chocou os moradores de Ronda Alta, no norte do Rio Grande do Sul, na tarde desta segunda-feira (21), feriado de Tiradentes. Um homem em surto matou a companheira e a enteada de 14 anos a facadas e, em seguida, tirou a própria vida. O caso gerou forte comoção na pequena cidade, que tem pouco mais de 10 mil habitantes.

As vítimas foram identificadas como Leobaldina Rocha Lyrio, a Leia, de 41 anos, e sua filha, Diênifer Rauani Lyrio Gonçalves, de 14 anos. O autor do duplo homicídio é Juliano Henn, de 47 anos, companheiro de Leobaldina e padrasto da adolescente. Segundo a Polícia Civil, a principal hipótese é de que ele tenha cometido suicídio logo após o crime. A cena foi descrita por policiais como "um cenário de guerra".

A tragédia aconteceu por volta do meio-dia, no segundo andar de um prédio residencial na Rua 15 de Novembro, no centro da cidade. Uma terceira criança, filha de Leobaldina, de 9 anos, presenciou o ataque e conseguiu escapar ao pular da sacada do apartamento. A queda foi de aproximadamente cinco metros, mas a menina não se feriu e está em segurança.

A Brigada Militar chegou rapidamente ao local e isolou a área. Equipes dos Bombeiros Voluntários de Ronda Alta prestaram apoio durante a ocorrência. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.

Juliano era bastante conhecido na cidade e trabalhava com paisagismo e jardinagem. Leobaldina era massoterapeuta e também era conhecida de todos da comunidade.. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre os atos fúnebres de mãe e filha. O corpo de Juliano Henn será velado na na Capela Mortuária Manfrin de Ronda Alta, em horário a ser definido.

A Polícia Civil prossegue com as investigações para esclarecer as circunstâncias e a motivação do crime, que repercute em todo o país pelo grau de violência. Conforme a Brigada Militar, não havia registro e histórico de violência entre o casal. Vizinhos receberam a notícia com surpresa: um morador da Rua Quinze de Novembro, no bairro Santa Helena, onde ocorreu o crime, relatou que o casal era bem visto na comunidade e nunca se imaginou que algo parecido pudesse acontecer com aquela família. O casal morava no local desde dezembro de 2024 e estava junto há pelo menos um ano.