Após 10 dias sob os cuidados do Departamento de Bem-Estar Animal (DBEA), a cadela Meghi, de nove anos, foi devolvida à sua família na última quarta-feira (16), em Garibaldi, na Serra Gaúcha. O retorno foi autorizado pela Polícia Civil, que concluiu que os tutores não participaram dos maus-tratos registrados no dia 6 de abril e amplamente divulgados nas redes sociais.
A investigação, conduzida pelo delegado Clóvis Vaner Rodrigues de Souza, apurou que o adolescente responsável pelas agressões, filmadas em vídeo, não tem mais vínculo com a tutora da cadela nem acesso à residência da família. “Não há indícios de omissão ou participação da família nos maus-tratos. Até o momento da denúncia, os tutores desconheciam os atos praticados”, afirmou o delegado.
A decisão se baseou na análise do Procedimento de Apuração de Ato Infracional, realizado pela Polícia Civil. Segundo o parecer oficial, manter Meghi afastada da família configuraria penalização indevida, já que os tutores não contribuíram para os atos de violência.
A cadela foi acolhida no dia do ocorrido pelo DBEA, após vídeos mostrarem o adolescente espancando o animal no bairro São Francisco. As imagens causaram revolta e mobilizaram a comunidade local, levando ao resgate imediato de Meghi e à abertura do inquérito.
Mesmo com o retorno à residência, Meghi será acompanhada de perto. O Departamento de Bem-Estar Animal, ligado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, fará visitas semanais à casa dos tutores para monitorar a adaptação da cadela e as condições do ambiente. “Nosso objetivo é assegurar que Meghi esteja bem cuidada e protegida. Vamos acompanhar de perto sua rotina nas próximas semanas”, informou o DBEA.
O caso de maus-tratos à cadela Meghi serviu como alerta à população sobre a importância da denúncia e da proteção animal. Com a devolução da cadela e o acompanhamento contínuo da sua nova rotina, as autoridades esperam garantir que situações semelhantes não voltem a acontecer no município.