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Tecnologia e IA ampliam gestão de fornecedores em 2025

A gestão de fornecedores tem ganhado protagonismo em 2025, impulsionada pelo avanço de tecnologias como IA e blockchain. Exigências de sustentabili...

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino
17/04/2025 às 14h27
Tecnologia e IA ampliam gestão de fornecedores em 2025
Efcaz Tecnologia
A gestão de fornecedores, historicamente tratada como uma atividade operacional e burocrática, vem ganhando espaço nas estratégias corporativas. Em um cenário marcado por instabilidade econômica, pressões ambientais e exigências regulatórias crescentes, empresas passaram a enxergar suas cadeias de suprimentos como ativos estratégicos — não apenas no controle de custos, mas também na geração de valor, inovação e resiliência.

Nos últimos anos, esse reposicionamento tem sido impulsionado por uma combinação de fatores: a crescente digitalização dos processos, o avanço de tecnologias como inteligência artificial (IA) e blockchain, e a necessidade de garantir maior transparência nas relações com terceiros. A soma desses elementos está redefinindo como as organizações operam, avaliam e selecionam seus parceiros comerciais.

Um reflexo desse movimento pode ser visto em um estudo conduzido pela MHI em parceria com a Deloitte, que revelou que 55% dos líderes de supply chain estão aumentando seus investimentos em tecnologia e inovação, sendo que 60% deles pretendem destinar mais de US$ 1 milhão nos próximos anos. A tendência acompanha a urgência por automação, resiliência operacional e uso estratégico de dados.

A transformação digital e o impacto das novas tecnologias

A inteligência artificial tem sido uma das principais catalisadoras dessa mudança. Segundo levantamento da KPMG, a IA generativa já impactava de forma significativa a gestão de cadeias de suprimento ainda em 2024. Em 2025, seu uso permite o processamento de grandes volumes de dados em tempo real, tornando as decisões mais ágeis, o monitoramento mais preciso e a adaptação a riscos mais eficientes.

Além disso, tecnologias como blockchain e Internet das Coisas (IoT) estão cada vez mais presentes nos sistemas de gestão de fornecedores. Um estudo publicado na ScienceDirect destaca que a adoção do blockchain melhora a rastreabilidade e a transparência nas cadeias de suprimentos, facilitando o cumprimento de requisitos regulatórios e de governança. Paralelamente, a IoT permite o monitoramento em tempo real de ativos e processos, aumentando a visibilidade além do primeiro nível de fornecedores e fortalecendo a conformidade com padrões de sustentabilidade e eficiência operacional.

Sustentabilidade e compliance: prioridades estratégicas

A sustentabilidade também passou a ser um critério estratégico na escolha de parceiros. O mesmo estudo da KPMG aponta que a exigência por dados de emissões de escopo 3 se intensificou, exigindo que fornecedores reportem informações sobre transporte, produção e impactos indiretos. Com regulamentações ambientais mais rigorosas, muitas empresas contratantes se tornam corresponsáveis pelas emissões de sua rede de terceiros. A digitalização desses processos facilita o compartilhamento dessas informações e fortalece o cumprimento das metas ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança).

Uma das plataformas que atuam nesse contexto é a Efcaz, que disponibiliza recursos voltados à digitalização de processos na cadeia de fornecedores. Entre as funcionalidades estão a automatização de etapas como homologação, consulta de certidões e controle documental, com integração a bases públicas utilizadas na verificação de conformidade regulatória.

Gestão de riscos e resiliência: preparando-se para o futuro

A integração de sistemas automatizados também tem contribuído para tornar mais ágil a verificação de documentos, homologação de fornecedores e emissão de certidões fiscais. Um exemplo dessa abordagem é observado em plataformas desenvolvidas no Brasil que conectam diretamente empresas a bases públicas como a Receita Federal e a Caixa Econômica.

“Desde 2017, observamos que a automação na homologação e conformidade fiscal acelera decisões estratégicas e reduz riscos operacionais”, afirma Renato Pedro, CEO da Efcaz.

“A imprevisibilidade do cenário global fez com que tecnologias como gêmeos digitais e planejamento de baixo toque ganhassem destaque por sua capacidade de resposta ágil a riscos”, explica Renato Pedro.

Modelos de planejamento de baixo toque, baseados em IA, têm sido adotados para antecipar anomalias e propor respostas com maior velocidade. Já os gêmeos digitais, réplicas virtuais de processos, permitem simulações em tempo real, o que contribui para decisões mais informadas e redução de riscos operacionais.

“Hoje, a combinação entre digitalização, sustentabilidade e análise de dados estruturados é o que define as empresas mais preparadas para responder às exigências da cadeia de suprimentos”, conclui o executivo.

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