Usuários e moradores da RSC-431 preparam mais um protesto nesta quinta-feira, 17 de abril, a partir das 8h30, com fechamento da rodovia por tempo indeterminado. A mobilização tem como foco denunciar o abandono da estrada, principalmente após os estragos causados pela enchente de maio de 2024, e cobrar providências quanto à obra da nova ponte de Santa Bárbara, entre os municípios de Santa Tereza e São Valentim do Sul. O mesmo protesto tinha sido feito no dia 1º de abril.
Segundo os organizadores, o protesto busca chamar a atenção do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, acusado de negligência com a infraestrutura rodoviária da região. A RSC-431 é considerada estratégica para o escoamento da produção agrícola e vitivinícola, além de ser uma via essencial para o deslocamento de moradores e trabalhadores locais.
Um dos principais alvos da insatisfação é a paralisação da construção da nova ponte de Santa Bárbara, que deveria substituir a estrutura destruída pelas fortes chuvas do ano passado. A ponte é vista como imprescindível para a economia regional, conectando duas cidades produtoras e facilitando o acesso a centros comerciais, hospitais e escolas.
Apesar da urgência da obra, os manifestantes questionam por que a construção ainda não começou, mesmo com os recursos já anunciados. O custo total da obra será de R$ 31,3 milhões, sendo R$ 24,4 milhões financiados pelo governo federal e R$ 6,9 milhões de contrapartida do governo do Estado. No entanto, nenhuma movimentação concreta foi iniciada até o momento, gerando dúvidas e frustrações entre os moradores.
"É inaceitável que quase um ano após a enchente ainda estejamos esperando por obras que foram anunciadas e até agora não saíram do papel", disse um dos líderes comunitários envolvidos na organização do ato. “A ponte de Santa Bárbara não é apenas uma ligação entre cidades, mas um elo vital para nossa economia e nosso dia a dia. O que mais falta para começar a obra?”, questiona.
Além da ponte, os moradores também pedem manutenção imediata da RSC-431, que apresenta buracos, trechos intransitáveis e falta de sinalização, colocando em risco a segurança dos motoristas. O protesto desta quinta-feira será pacífico, mas com bloqueio total da rodovia, o que pode gerar reflexos no tráfego regional. Os manifestantes prometem manter a mobilização até obter respostas concretas das autoridades estaduais.