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Ximangos adapta treinos e promove troca de experiências para o time de Flag Feminino

Em meio à pandemia, a equipe da modalidade flag (sem equipamentos) de futebol americano de Carlos Barbosa realiza videoconferências para manter as atletas engajadas e ativas,.

09/07/2020 às 01h37 Atualizada em 09/07/2020 às 16h16
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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DM Photography
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Apesar da proibição dos treinos coletivos presenciais, devido à pandemia do novo coronavírus, a equipe feminina de Flag Football – modalidade do futebol americano que não utiliza equipamentos – do Carlos Barbosa Ximangos segue na ativa e, sobretudo, não deixando de lado o trabalho em grupo. Por meio de videoconferências, as atletas do clube se mantêm engajadas através dos treinamentos físicos “à distância” e por meio das trocas de experiências e conhecimentos na modalidade. 

A alternativa encontrada partiu da comissão técnica da equipe barbosense, liderada pelo Head Coach William Spazzin. Três vezes por semana, as jogadoras se reúnem por meio de videoconferências, com um cronograma previamente planejado e que é seguido à risca. A rotina semanal contempla treinos físicos e técnicos, além da parte teórica, que visa desenvolver o conhecimento das atletas em relação à modalidade e às regras. 

“Nas terças realizamos os treinos físicos, com as gurias que ainda não conseguem vir à academia. Periodizei o treino físico conforme a necessidade maior de cada uma para esse período. Nas quintas temos os treinos técnicos com as Quarterbacks (QB's). Realizamos drills visando trabalhar a técnica e principalmente a mecânica (base, projeção de quadril, lançamento). E nos sábados, realizamos a chamada com as atletas do ataque e defesa, e fizemos treinos teóricos e técnicos”, relata Spazzin. 


Com o período de paralisação, o Ximangos buscou fortalecer a equipe feminina de Flag por meio da troca de experiências e conhecimentos, sobretudo com a participação de atletas de outras equipes do Estado. “Toda quinta, uma QB convidada de outra equipe participa dos nossos treinos em uma espécie de treino conjunto, um ‘camp virtual’ apenas para as QB's. E, no sábado, uma atleta convidada participa da parte final para podermos trocar algumas experiências e informações, visando uma maior integração entre as atletas e também trabalhando um pouco na estratégia motivacional”, salienta o Head Coach. 

As atuais vice-campeãs da Copa RS aprovaram as ações promovidas pelo staff. Diante do impacto da pandemia, que quebrou a rotina de treinamentos da equipe, a alternativa auxiliou para mantê-las engajadas com o clube e diminuiu a saudade de conviver coletivamente. 

A Quarterback Letícia Poersch, capitã do ataque, foi uma das atletas que sofreu com o impacto de estar longe dos gramados devido ao atual cenário. “Eu sempre fui muito ativa, dedicava muitas horas da minha semana em busca da melhora como atleta, então foi muito impactante esta parada. Está sendo de grande valia o trabalho à distância, além de ser importante para permanecermos na ativa, também durante os treinos conseguimos descontrair e esquecer um pouco do que estamos vivendo, matar um pouco a saudade de estar com o pessoal do time”, pondera. 


A equipe do Ximangos fez questão de promover a coletividade nos treinamentos, mesmo à distância, o que foi, para safety Juliana Dalcin, capitã da defesa, primordial para manter o grupo engajado. “Começamos a fazer as vídeo chamadas, uma forma de manter a equipe unida, e todo mundo visualizando os mesmos objetivos, esses agora a curto prazo, devido às incertezas do momento. A troca de experiências nos motiva a manter o foco, a pensar no coletivo como uma forma de motivação pra manter as atividades. A gente treina não só por nós, mas umas pelas outras”, reitera Juliana. 

O período de paralisação também foi propenso para a comissão técnica e o grupo de atletas obterem maior conhecimento acerca de regras e novas estratégias, visando o retorno das atividades e das competições estaduais. Os treinamentos físicos semanais também auxiliaram para abranger aspectos técnicos e mantê-los em prática, mesmo longe dos gramados.

O Head Coach da equipe afirma que os trabalhos estão sendo absorvidos de forma proveitosa pelas atletas, mesmo nas atuais circunstâncias. “Com os treinos físicos conseguimos manter todas as atletas ativas, assim conseguindo seguir com uma manutenção necessária nos quesitos de força e condicionamento. A parte teórica tem sido muito proveitosa também, através de estudos de vídeo, situações, playbook, scout adversários e até mesmo revisão de regras. E a integração com atletas de outras equipes tem sido de ótima colaboração de todas e principalmente trazendo um pouco de outra realidade durante a pandemia”, relata Spazzin. 


As competições estaduais de futebol americano, promovidas pela Federação Gaúcha de Futebol Americano (FGFA), ainda não têm previsão para iniciarem. Por ser um esporte de contato, a modalidade deverá ser uma das últimas a retomar as atividades e os torneios. No ano passado, o Ximangos disputou o Campeonato Gaúcho de Flag Football Feminino pela segunda vez, sendo eliminado na primeira fase, e participou da Copa RS de Flag Football Feminino, na qual a equipe barbosense se sagrou vice-campeã. 

O que é Flag Football?

A maior diferença entre o Futebol Americano e o Flag Football é que ao invés de ter que derrubar o adversário para impedir seu avanço, no Flag Football basta você retirar uma das fitas que todos os atletas usam presas na cintura. Por isso no Flag Football não há necessidade do uso de capacete e todos aqueles equipamentos de proteção.

O contato físico entre os atletas existe, porém é praticamente o mesmo de um jogo de basquete ou handebol, o que torna a modalidade muito mais acessível para pessoas de todas as idades e tipos físicos, além de ser muito mais barata. Afinal, para jogar não precisa de nada além de uma bola, cinto de flags, protetor bucal e um par de chuteiras.

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